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Demo 2017

by PENUMBRA

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1.
Deixa os cosmos nos observar Inverno quente sob o luar Aperto no calo, acende um cigarro Eu não me importo em caminhar Quebra cabeça moderno Celular substitui o caderno Mas se lembra, nada é eterno Quantas vezes eu terei de ninar meu sangue revolto Até ele se acalmar? Olho pro sul, eu vejo o norte Me perco procurando a sorte O tempo cura, o tempo mata A dor da desgraça, o bus que não passa História sem graça, memória escassa Onde eu deveria estar? Quantas vezes eu terei de ninar meu sangue revolto Até ele se acalmar?
2.
Esgoto 01:22
Povo oprimido por políticos escrotos Vivem pro trabalho porque não têm opção Enquanto isso, os vermes fazem a festa Lavagem de dinheiro Golpe pró corrupção Sinto nojo de pagar imposto Rede esgoto de manipulação Um novo dia de um novo tempo que começou Sua hipocrisia não vai sustentar seu estilo de vida Vai morrer indigente, trabalhar pra ladrão Sentir na pele a discriminação Vai comer lixo, não ter escola Dormir na rua, pedir esmola
3.
Encurralada entre os números e significados Meu destino é imediato Não existe verdade Existe apenas o seu túnel de realidade Na sombra da grande espiral O futuro dos acontecimentos Meu lamento enraizado no tempo Tarde pra perceber A consequência de um ato covarde Cedo pra esquecer A raiva contida na palavra não dita O começo do fim ou o fim do começo Por que tudo tem que ter um preço?
4.
Ao que os olhos alheios agradam No próprio só enxerga defeito O pior em se encarar é aceitar a angústia por dentro Incompreensão Querer tudo e não ter nada, apenas medo do desconhecido Mesmo que não seja nada Não fui apresentada À impotência de não proceder nas coisas que queria fazer Impressões, ilusões Irracional toma conta e o pensamento confunde meu eu É difícil não saber Nem se reconhecer Na verdade tenta se esconder mas não pode fugir de você Mesmo que não seja nada Me sinto tão culpada Na impotência de não proceder nas coisas que queria fazer E nada faz sentido E nascem, crescem e morrem Na penumbra
5.
Crise 01:54
Tão perto, é quase imperceptível A rapidez com que esvai Compondo uma só imagem com todas as cores Onde assim, pode-se melhor ver Que o mínimo detalhe não muda a forma Mesmo sabendo que ele está lá demora a passar Eu gosto de pensar que ainda assim eu poderei olhar ao fundo Reflexos que tentam se esconder Mas as luzes não mentem Elas piscam pra você Efêmero como minha visão Permanente na minha dedução De que você passará Mas ali ficará

about

Cada um é parte de um todo, infinito e denso como a Penumbra ao anoitecer.

Gravado no estúdio Tyranossom em agosto de 2017.
Mix por Pedro Carvalho e arte por Giovanna Cianelli.

Ste - voz
Carol Mags - baixo
Nyne - guitarra
Mila - bateria

credits

released April 17, 2018

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Penumbra São Paulo, Brazil

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